O que fazer quando um jogador se esconde em campo

Para o artigo original, clique aqui.

É uma boa pergunta. Mas uma que me perguntam bastante.

Ewhurst v Albury

Sempre há muito que você pode fazer quando seus jogadores tem dificuldades durante uma partida. Trocar de posição, gritos de motivação dos pais, colegas e professor…

Uma outra maneira é criar desafios que os dê a confiança necessária para elevar o nível e fazer com que o jogador “queira” a bola. No meu time sub-11 tem um jogador que nunca queria a bola. Ótimo nos treinamentos mas em dia de jogo a pressão afetava o seu rendimento em campo.

Então para auxiliá-lo a focar no jogo eu passei a criar desafios individuais – fáceis a princípio como roubar a bola duas vezes no primeiro tempo.

Conforme o tempo passou a confiança foi aumentando. Ele não estava mais focando na pressão do jogo mas sim focando em passar a bola para frente sempre que pudesse. E ele começou a procurar espaço e mover-se para que seus companheiros pudessem passar a bola pra ele.

De repente ele estava ligado em campo e pensando em executar um determinado número de passes antes do final do primeiro tempo. Conforme seu foco foi mudando eu tambem tinha que continuar pensando adiante para desenvolver desafios que o levassem ao próximo passo. Passo a passo até que ele pudesse ser em jogos o mesmo jogador que ele era em treinos.

E após algumas semanas os desafios começaram a mudar – dois chutes a gol ou marcar um gol. Esse desenvolvimento em jogadores jovens normalmente é rápido se você estiver preparado para enxergar além da dificuldade.

Não há nada tão tranquilizador para um jovem jogador do que pensar que o professor acredita nele e que o professor impõe metas que ele acredita que o jogador possa cumprir. Casado com isso está o tratamento dado pelo professor aos erros cometidos – ignore-os – ou fracassos – você não atingiu os objetivos essa semana mas você irá na próxima!

Erros e fracassos devem ser “guardados na sacola” e resolvidos nos próximos treinos. Às vezes quando eu chego numa partida eu imagino que estou deixando todas aquelas frases numa caixinha junto com o “por que não estamos ganhando” e deixo tudo fluir na direção que as crianças quiserem que tome.

Eu estruturei o treinamento deles e os dei desafios que os ajudassem a descobrir o que é jogar – o dia de jogo é como eles usam essas idéias/desafios/decisões. Mas eles sabem que eu estou lá para apoiá-los!

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