Nesta semana que se passou foi dada continuidade a temporada na pequena cidade de Sharon no Estado de Connecticut em um camp para 22 crianças de 3 a 12 anos na companhia de outros dois treinadores.
Sharon fica há aproximadamente 150km de NYC e 250km de Boston. Segundo o censo americano de 2017 a cidade de Sharon tem pouco mais de 2mil habitantes e está inserida no condado de Litchfield com população de pouco mais de 180mil habitantes. O local fica bem próximo da divisa com o estado de New York e do pouco que vi se assemelha com uma pequena cidade serrana no Brasil (apenas para efeito de comparação). Em poucos locais e momentos tive sinal de celular e internet móvel.
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Material
Nos camps da Challenger Sports, toda criança ao se registrar ganha o direito a uma camiseta e uma bola personalizada que serão entregues pelo treinador no primeiro dia de camp logo após o check-in.
Aquelas crianças que se registram com um determinado período de antescedência também recebem por correio em suas casas uma camiseta personalizada.
Com relação aos equipamentos para organização das atividades (cones e etc), cada treinador tem o seu próprio material o que é uma característica interessante do trabalho nos EUA não só no período de summer camps como em qualquer outro período. Cada treinador tem seu material próprio que carrega consigo pra onde quer que for, diferente do que vivenciei e vejo ser comum no Brasil que é cada escola de futebol, clube ou projeto possuir o material a ser utilizado por seus funcionários.
Lidando com diferença físico-técnica
Neste camp tivemos um desafio muito interessante. Recebemos um menino de 11 anos que estava em nível de jogo bem mais avançado que todo o resto do grupo. É comum que o grupo não seja homogêneo fisicamente e tecnicamente. Mas nesse caso, além de ele ser o segundo mais velho do camp, ele simplesmente era imbatível naquele grupo. Não tinha desafio pra ele. Portanto nós treinadores precisamos de bastante criatividade para criar desafios que o motivassem e ao mesmo tempo dessem chance de sucesso às outras crianças do camp. Exemplo:
- Ele não poderia fazer 2 gols seguidos nos jogos
- Ele só poderia fazer gols com o pé dominante de uma determinada distância
- Conseguir o máximo de assistências possível para ganhar “pontos extras no torneio”
Soccer museum – O museu do futebol
Como a estrutura onde o camp foi realizado possibilitou, neste camp eu decidi criar o museu do futebol para o último dia de camp.
Como falado na postagem “Summer Camps – Parte 1”, a cada dia de camp as crianças recebem um determinado trabalho de casa para o dia seguinte que vale pontos para o time que representam no Premiere League Tournament. Nessa semana, eu resolvi que no último dia nós faríamos uma exposição desses trabalhos, tendo uma mesa para cada time e assim podendo valorizar ainda mais os trabalhos feitos além de oportunizar aos responsáveis das crianças que vissem os trabalhos das outras crianças do camp.
Veja o resultado abaixo (vídeo de qualidade questionável mas vale a intenção):
Closing Ceremony – Cerimônia de encerramento

Ao final da manhã de sexta-feira, é realizada uma simples e breve cerimônia de encerramento na qual agradecemos ao Coordenador do Camp (pessoa que contrata o camp), às host families, aos pais e as crianças além de passar algumas mensagens e entregar um certificado de conclusão do camp contendo uma avaliação feita pelos treinadores.
Eu gosto de nesse momento usar e abusar de cones de várias cores para criar um ambiente alegre e de valorização de cada criança para garantir uma experiência muito positiva. Nesse caso cada criança ao ser chamada deveria andar pela passarela para performar alguma habilidade com a bola ao final da passarela ou conduzir sua bola pela passarela por exemplo para receber seu certificado ao final.
Mais uma semana de plantio da paixão pelo futebol bem sucedida!
Um comentário em “Summer Camps – Parte 2”