Este artigo foi originalmente escrito por mim mesmo para o site World Class Coaching em uma sessão onde eu respondo perguntas de professores/treinadores de futebol. Para o artigo original, você deve ser assinante da página. Link para o artigo original
“Eu tenho um centroavante muito rápido que é quase sempre o jogador mais rápido em campo. Você tem alguma sugestão de como tirar vantagem disso?”
Ser o jogador mais rápido em campo pode ser uma benção ou uma maldição. Sempre dependerá dos companheiros e a capacidade deles de fazer bom uso da sua virtude. A velocidade e rapidez dele nem sempre resolverão o jogo por si só mas com certeza ajudam e aumentam as chances. Como o ex-treinador da seleção brasileira Tite diz: “A essência é o atleta. A essência é a qualidade técnica individual. A essência é o talento. A essência é a criatividade. Um coletivo organizado potencializa o individual”.
Agora vamos ao que interessa: algumas estratégias para fazer bom uso de um centroavante rápido.
1- Se ele é rápido com a bola nos pés, é responsabilidade do treinador e do time achar maneiras de criar, reconhecer e explorar situações em que ele esteja no 1×1. Obviamente ser rápido não será o suficiente por vezes. Ele precisará de habilidade no drible para superar seu marcador. Quando estiver em situação de 1×1 onde o defensor não tem cobertura imediata e há espaço em suas costas, adiantar a bola com um toque longo e ganhar do defensor na corrida é uma estratégia simples e efetiva.
2- Se a velocidade dele é melhor utilizada sem a bola nos pés, então o treinador e o time deverão criar uma estratégia para criar espaço nas costas da defesa e achar passes de ruptura (no popular, enfiada de bola). Se você pode confiar em seus jogadores de defesa para construir de forma apoiada, convide a pressão, fazendo o adversário subir o bloco. Com isso, o espaço será criado nas costas da defesa.
3- Encoraje-o a fazer tabelas como uma armadilha, forçando os defensores a saírem de suas posições e criando chances de receber passes na corrida no espaço criado.
No exemplo abaixo, o atacante está de costas para o último homem. Ele se movimenta, se desmarca e faz a tabela para se aproveitar do espaço criado nas costas do marcador.
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Coach Danny 